Vou partilhar uma situação convosco.
Existem poucas coisas onde não me importo de gastar dinheiro, livros, música, malas, sapatos, pipas e por aí. Os livros estão no topo, consumo muito. Vejo-os como transportadores de conhecimento capazes de nos fazer sentir algo que está em palavras, para mim chegam a ser relíquias! Desta forma sou muito exigente com os livros que compro,desagrada-me profundamente quando destaco erros neles, e foi o que me aconteceu no que ando a ler agora. Há duas semanas fui à FNAC e comprei alguns livros, um deles comecei a ler há uns dias e chegando às páginas 31-32 reparei que faltava texto. O livro tem-se mostrado com a leitura, é dos que dão prazer ler, estava entusiasmada e chegando à 31-32 faltava texto. Fiquei ansiosa nos dias seguintes, não tinha a factura para ir trocá-lo e não consegui continuar a ler sabendo que havia algo que faltava ali, pura e simplesmente não consegui. Ontem, ao efectuar a troca descobriu-se que toda aquela edição estava mal impressa, ainda fiquei mais ansiosa, mas lá me descobriram o último exemplar da edição anterior que estava ok.
Antes dum livro ir para o mercado deviam fazer bem o trabalho de revisão, inclusive após uma nova edição, não suporto encontrar livros literários com erros linguísticos ou de revisão, são "peças" com demasiado valor cultural para serem negligenciadas.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Televisão
Caros,
Desde há uns tempos para cá que se observa uma queda na qualidade na programação televisiva da difusão pública. Pretende-se que a TV seja um veículo de comunicação e educação para o grande público, mas a falta de conteúdos na programação é escandalosa. Tenho que dar os parabéns a alguns canais da cabo, e à RTP 2 pelas excelentes séries que transmitem a horas decentes. A RTP, SIC e TVI privilegiam os seus espectadores mas mais ao fim de semana à tarde.
Agora um canal específico merece o meu comentário - a SIC - tem vindo a piorar os programas que emite desde há alguns meses, talvez com a contratação do novo Director de Programação. Tem apostado em formatos de fraca qualidade e parece ter como objectivo único aumentar as audiência sem se preocupar com as necessidades dos que a ela assistem. Na minha qualidade de espectadora sinto-me um pouco defraudada. Por um lado aposta em decalques doutras estações, por outro os nossos programas de entretenimento que emite são... nem sem bem como defini-los. O Momento da verdade é um programa do meu ponto de vista mais complexo do que aparenta: se no início parecia uma confissão de maus vícios e pensamentos que não devem ser ditos em televisão (para própria segurança da identidade do concorrente), após visionar algumas vezes nota-se que é muito mais do que isso. A parte pós avaliação das resposta mereceu o meu interesse na medida de avaliação do carácter daquele concorrente, os avaliadores é que podiam ser outros, em vez de figuras públicas propunha psicólogos e outros trabalhadores da mente humana. Acho graça à Vip Manicure, tem um bom elenco e a parte dos sinónimos é sempre peculiar, dá uns bons exercícios linguísticos. A novela da tarde, a Rebelde Way também é satisfatória, é pena é o seu horário, a Roda da Sorte não faz sentido nenhum, o que fez sucesso há 20 anos não é sinónimo de sucesso agora, o público torna-se mais exigente e quer formatos originais mas com QUALIDADE, é o que falta muito na tv em Portugal. Até os pivots de notícias deixam a desejar, não são idóneos, têm que se abster de dar as suas opiniões, têm que ser isentos no momento de noticiar. Após a passagem de informação podem então fazer passar a sua opinião, mas numa espécie de espaço para comentários, nunca enquanto a mensagem é passada, temos que aprender a pensar enquanto assistimos ao jornal e a tirar as nossas próprias conclusões, nesse aspecto a RTP está muito bem. Agora dão-nos a informação já mastigada e digerida como esperam que nos envolvamos na actualidade do país? Assim não dá gosto receber informação, basta darem-nos o entretenimento, que é quase o que já fazem!
Desde há uns tempos para cá que se observa uma queda na qualidade na programação televisiva da difusão pública. Pretende-se que a TV seja um veículo de comunicação e educação para o grande público, mas a falta de conteúdos na programação é escandalosa. Tenho que dar os parabéns a alguns canais da cabo, e à RTP 2 pelas excelentes séries que transmitem a horas decentes. A RTP, SIC e TVI privilegiam os seus espectadores mas mais ao fim de semana à tarde.
Agora um canal específico merece o meu comentário - a SIC - tem vindo a piorar os programas que emite desde há alguns meses, talvez com a contratação do novo Director de Programação. Tem apostado em formatos de fraca qualidade e parece ter como objectivo único aumentar as audiência sem se preocupar com as necessidades dos que a ela assistem. Na minha qualidade de espectadora sinto-me um pouco defraudada. Por um lado aposta em decalques doutras estações, por outro os nossos programas de entretenimento que emite são... nem sem bem como defini-los. O Momento da verdade é um programa do meu ponto de vista mais complexo do que aparenta: se no início parecia uma confissão de maus vícios e pensamentos que não devem ser ditos em televisão (para própria segurança da identidade do concorrente), após visionar algumas vezes nota-se que é muito mais do que isso. A parte pós avaliação das resposta mereceu o meu interesse na medida de avaliação do carácter daquele concorrente, os avaliadores é que podiam ser outros, em vez de figuras públicas propunha psicólogos e outros trabalhadores da mente humana. Acho graça à Vip Manicure, tem um bom elenco e a parte dos sinónimos é sempre peculiar, dá uns bons exercícios linguísticos. A novela da tarde, a Rebelde Way também é satisfatória, é pena é o seu horário, a Roda da Sorte não faz sentido nenhum, o que fez sucesso há 20 anos não é sinónimo de sucesso agora, o público torna-se mais exigente e quer formatos originais mas com QUALIDADE, é o que falta muito na tv em Portugal. Até os pivots de notícias deixam a desejar, não são idóneos, têm que se abster de dar as suas opiniões, têm que ser isentos no momento de noticiar. Após a passagem de informação podem então fazer passar a sua opinião, mas numa espécie de espaço para comentários, nunca enquanto a mensagem é passada, temos que aprender a pensar enquanto assistimos ao jornal e a tirar as nossas próprias conclusões, nesse aspecto a RTP está muito bem. Agora dão-nos a informação já mastigada e digerida como esperam que nos envolvamos na actualidade do país? Assim não dá gosto receber informação, basta darem-nos o entretenimento, que é quase o que já fazem!
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Sinónimos!
Alevantar
O acto de levantar com convicção, com o ar de 'a mim ninguém me come por parvo!... alevantei-me e fui-me embora!'.
Amandar
O acto de atirar com força: 'O guarda-redes amandou a bola para bem longe'
Aspergic
Medicamento português que mistura Aspegic com Aspirina.
Assentar
O acto de sentar, só que com muita força, como fosse um tijolo a cair no cimento.
Capom
Porta de motor de carros que quando se fecha faz POM!
Destrocar
Trocar várias vezes a mesma nota até ficarmos com a mesma.
Disvorciada
Mulher que se diz por aí que se vai divorciar.
É assim...
Talvez a maior evolução da língua portuguesa. Termo que não quer dizer nada e não serve para nada. Deve ser colocado no início de qualquer frase. Muito utilizado por jornalistas e intelectuais.
Entropeçar
Tropeçar duas vezes seguidas.
Êros
Moeda alternativa ao Euro, adoptada por alguns portugueses.
Falastes, dissestes...
Articulação na 4ª pessoa do singular. Ex.: eu falei, tu falaste, ele falou, TU FALASTES..
Fracturação
O resultado da soma do consumo de clientes em qualquer casa comercial. Casa que não fractura... não predura.
Há-des
Verbo 'haver' na 2ª pessoa do singular: 'Eu hei-de cá vir um dia; tu há-des cá vir um dia...'
Inclusiver
Forma de expressar que percebemos de um assunto. E digo mais: eu inclusiver acho esta palavra muita gira. Também existe a variante 'Inclusivel'.
Mô
A forma mais prática de articular a palavra MEU e dar um ar afro à língua portuguesa, como 'bué' ou 'maning'. Ex.: Atão mô, tudo bem?
Númaro
Também com a vertente 'númbaro'. Já está na Assembleia da República uma proposta de lei para se deixar de utilizar a palavra NÚMERO, a qual está em claro desuso. Por mim, acho um bom númaro!
Parteleira
Local ideal para guardar os livros de Protuguês do tempo da escola.
Perssunal
O contrário de amador. Muito utilizado por jogadores de futebol. Ex.: 'Sou perssunal de futebol'. Dica: deve ser articulada de forma rápida.
Pitaxio
Aperitivo da classe do 'mindoím'.
Prontus
Usar o mais possível. É só dar vontade e podemos sempre soltar um 'prontus'! Fica sempre bem.
Quaise
Também é uma palavra muito apreciada pelos nossos pseudo-intelectuais... Ainda não percebi muito bem o quer dizer, mas o problema deve ser meu.
Stander
Local de venda. A forma mais famosa é, sem dúvida, o 'stander' de automóveis. O 'stander' é um dos grandes clássicos do 'português da cromagem'...
Tipo
Juntamente com o 'É assim', faz parte das grandes evoluções da língua portuguesa. Também sem querer dizer nada, e não servindo para nada, pode ser usado quando se quiser, porque nunca está errado, nem certo. É assim... tipo, tás a ver?
Treuze
Palavras para quê? Todos nós conhecemos o númaro treuze.
O acto de levantar com convicção, com o ar de 'a mim ninguém me come por parvo!... alevantei-me e fui-me embora!'.
Amandar
O acto de atirar com força: 'O guarda-redes amandou a bola para bem longe'
Aspergic
Medicamento português que mistura Aspegic com Aspirina.
Assentar
O acto de sentar, só que com muita força, como fosse um tijolo a cair no cimento.
Capom
Porta de motor de carros que quando se fecha faz POM!
Destrocar
Trocar várias vezes a mesma nota até ficarmos com a mesma.
Disvorciada
Mulher que se diz por aí que se vai divorciar.
É assim...
Talvez a maior evolução da língua portuguesa. Termo que não quer dizer nada e não serve para nada. Deve ser colocado no início de qualquer frase. Muito utilizado por jornalistas e intelectuais.
Entropeçar
Tropeçar duas vezes seguidas.
Êros
Moeda alternativa ao Euro, adoptada por alguns portugueses.
Falastes, dissestes...
Articulação na 4ª pessoa do singular. Ex.: eu falei, tu falaste, ele falou, TU FALASTES..
Fracturação
O resultado da soma do consumo de clientes em qualquer casa comercial. Casa que não fractura... não predura.
Há-des
Verbo 'haver' na 2ª pessoa do singular: 'Eu hei-de cá vir um dia; tu há-des cá vir um dia...'
Inclusiver
Forma de expressar que percebemos de um assunto. E digo mais: eu inclusiver acho esta palavra muita gira. Também existe a variante 'Inclusivel'.
Mô
A forma mais prática de articular a palavra MEU e dar um ar afro à língua portuguesa, como 'bué' ou 'maning'. Ex.: Atão mô, tudo bem?
Númaro
Também com a vertente 'númbaro'. Já está na Assembleia da República uma proposta de lei para se deixar de utilizar a palavra NÚMERO, a qual está em claro desuso. Por mim, acho um bom númaro!
Parteleira
Local ideal para guardar os livros de Protuguês do tempo da escola.
Perssunal
O contrário de amador. Muito utilizado por jogadores de futebol. Ex.: 'Sou perssunal de futebol'. Dica: deve ser articulada de forma rápida.
Pitaxio
Aperitivo da classe do 'mindoím'.
Prontus
Usar o mais possível. É só dar vontade e podemos sempre soltar um 'prontus'! Fica sempre bem.
Quaise
Também é uma palavra muito apreciada pelos nossos pseudo-intelectuais... Ainda não percebi muito bem o quer dizer, mas o problema deve ser meu.
Stander
Local de venda. A forma mais famosa é, sem dúvida, o 'stander' de automóveis. O 'stander' é um dos grandes clássicos do 'português da cromagem'...
Tipo
Juntamente com o 'É assim', faz parte das grandes evoluções da língua portuguesa. Também sem querer dizer nada, e não servindo para nada, pode ser usado quando se quiser, porque nunca está errado, nem certo. É assim... tipo, tás a ver?
Treuze
Palavras para quê? Todos nós conhecemos o númaro treuze.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Um Único Sentimento Tem Múltiplas Causas
É necessário assinalar que um sentimento que ocorre na nossa alma, geralmente não tem uma causa única. É, se me é possível servir desse termo, uma certa dose que produz a sua força e variedade. O espírito consiste em saber impressionar vários orgãos simultaneamente; e se examinarmos os diferentes escritores, veremos talvez que os melhores e os que mais agradaram, são aqueles que estimularam na alma mais sensações ao mesmo tempo.
Baron de Montesquieu, in "Ensaio Sobre o Gosto"
Baron de Montesquieu, in "Ensaio Sobre o Gosto"
Ser Ou Não Ser
Hamlet: Ser ou não ser, essa é a questão: será mais nobre suportar na mente as flechadas da trágica fortuna, ou tomar armas contra um mar de obstáculos e, enfrentando-os, vencer? Morrer — dormir, nada mais; e dizer que pelo sono se findam as dores, como os mil abalos inerentes à carne — é a conclusão que devemos buscar. Morrer — dormir; dormir, talvez sonhar — eis o problema: pois os sonhos que vierem nesse sono de morte, uma vez livres deste invólucro mortal, fazem cismar. Esse é o motivo que prolonga a desdita desta vida.
William Shakespeare, in "Hamlet"
Se ao menos pudesse controlar os sonhos...
William Shakespeare, in "Hamlet"
Se ao menos pudesse controlar os sonhos...
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Horários
Começo por dizer que detesto atrasos.
Faço questão de chegar todos os dias ao escritório um pouco antes da minha hora e nunca saio a horas, surgem sempre coisas mesmo à última, coisas essas que na sua maioria não fazem parte das minhas funções. Não me importo de ajudar e de ficar após a minha hora; só peço que não aproveitem a minha hora de saída para me passarem trabalho porque têm um horário mais flexível. Mas a culpa é minha, habituei-vos mal e agora é sempre Oh V oh V!.
Já está na altura de aprenderem que também tenho os meus assuntos pessoais fora do horário de trabalho.
Vão ter que aprender que não sou secretária pessoal e exclusiva de todos, ou então comecem a pagar horas extraordinárias. Quer dizer, todos saem mais cedo se tiverem assuntos pessoais a tratar, ou chegam mais tarde; eu que sigo o meu horário e tiro dias para tratar de assuntos pessoais sou penalizada, não, já chega. Se puder muito bem, se não puder fica para o dia seguinte - já chega de me sacrificar por algo que não é respeitado.
Faço questão de chegar todos os dias ao escritório um pouco antes da minha hora e nunca saio a horas, surgem sempre coisas mesmo à última, coisas essas que na sua maioria não fazem parte das minhas funções. Não me importo de ajudar e de ficar após a minha hora; só peço que não aproveitem a minha hora de saída para me passarem trabalho porque têm um horário mais flexível. Mas a culpa é minha, habituei-vos mal e agora é sempre Oh V oh V!.
Já está na altura de aprenderem que também tenho os meus assuntos pessoais fora do horário de trabalho.
Vão ter que aprender que não sou secretária pessoal e exclusiva de todos, ou então comecem a pagar horas extraordinárias. Quer dizer, todos saem mais cedo se tiverem assuntos pessoais a tratar, ou chegam mais tarde; eu que sigo o meu horário e tiro dias para tratar de assuntos pessoais sou penalizada, não, já chega. Se puder muito bem, se não puder fica para o dia seguinte - já chega de me sacrificar por algo que não é respeitado.
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