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domingo, 30 de novembro de 2008

Só oiço: "Oh V, pode chegar aqui por favor!"

Incrível como eu também me farto dos bonecos, logo eu.
Dos bonecos não, das pessoas que neles trabalham. Sei que há mais trabalho, mas também há mais uma pessoa. Se há mais duas mãos porque continua tudo a vir parar a mim na mesma? Quando me fartar de ouvir gritarem por mim, por quem gritarei eu?

Trabalhar para os outros custa, mas custa ainda mais quando fazemos mais do que a nossa missão.

Quero férias e muitooooo descanso, uma praia, uma boa companhia e uns batidos.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Silvia e as novas tecnologias

"Queridos colegas,

Hoje vou estar o dia todo em conf. Call: peço a vossa cooperação no sentido de falarem mais baixinho porque esta coisa da cofidis que eu tenho na cabeca so tem um auscultador e acho que o sr. que esta do outro lado ouve tudo.

Obrigada,
Silvia"

Que querida... ;p

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Acho que sou

Misantropia é a aversão ao ser humano e à natureza humana no geral. Também engloba uma posição de desconfiança e tendência para antipatizar com outras pessoas. Um misantropo é alguém que odeia a humanidade de uma forma generalizada. A palavra vem do grego misanthropía, a junção dos termos μίσος (ódio) e άνθρωπος (homem, ser humano). O termo também é aplicável a todos aqueles que se tornam solitários por causa dos sentimentos acima mencionados (de destacar o elevado grau de desconfiança que detêm pelas outras pessoas em geral).


O misantropo
É uma pessoa que tem aversão ao convívio social, adora viver em isolamento.
Aquele que não mostra preocupação em se dar com as outras pessoas, de ter uma vida social preenchida - tendência a ter uma pouca ou praticamente inexistente vida social.
Estado de reclusão que alguns indivíduos escolhem para viver.

Formas de misantropia mais comuns
Os misantropos expressam uma antipatia geral para com a humanidade e a sociedade, mas geralmente a maioria deles têm relações normais com indivíduos específicos (familiares, amigos, companheiros, por exemplo). A misantropia pode ser motivada por sentimentos de isolamento ou alienação social, ou simplesmente desprezo pelas características prevalecentes da humanidade/sociedade.

A misantropia não implica necessariamente uma atitude bizarra em relação à humanidade. Um misantropo não vive afastado do mundo, das pessoas, apenas é reservado demorando tempo a confiar nelas e por isso, é habitual serem poucos os seus amigos. Olham para todas as pessoas com uma grande dose de desconfiança, é frequente serem feitos "juízos de cálculo" de cada um que se aproxime, embora muitas vezes não o demonstrem. São pessoas que não gostam de grande agitação ao seu redor, pois não se sentem bem diante de muita gente, preferindo ficar em casa a sair para locais de diversão (indisposição para ir a lugares com muita gente, o que invariavelmente faz da pessoa uma caseira convicta). Podem ocorrer frequentes mudanças de humor: ora feliz, ora melancólico, o termómetro do estado de espírito fica louco, oscilando constantemente (poucas são as pessoas que vêem este seu aspecto, normalmente as mais próximas). Normalmente são muito perfeccionistas no que gostam de fazer e no que se comprometem a fazer. É muito frequente destacarem-se nas áreas em que estão inseridos, pois dedicam grande parte do seu tempo ao trabalho. São também na sua maioria possuidores de um quociente de inteligência muito elevado que pode ou não surgir de imediato. A misantropia costuma aparecer desde logo durante a infância em crianças tímidas, introvertidas e caladas que têm dificuldades em fazer amigos, nomeadamente na escola, preferindo muitas vezes ficarem sozinhas. Com o passar dos anos, tendem a ser bastante sarcásticos/irónicos nas observações que fazem (pode-se dizer que em parte a grande timidez é substituída ou disfarçada por estas duas características) - têm uma interpretação muito própria de tudo aquilo que vêem e de tudo aquilo que lhes é dito pelas outras pessoas, sendo bastante observadores e atentos ao que os rodeia embora, muitas vezes, não o pareça.

Uma das explicações mais consistentes para esta aversão social deriva do facto de darem bastante relevância aos aspectos negativos que constatam nas pessoas ou simplesmente terem medo que estas os desiludam, daí as evitarem. Têm uma forte sensibilidade ficando extremamente afectados com tudo o que os rodeia (mesmo que muitas vezes não estejam envolvidos directamente) daí ser muito fácil, ao longo da vida, passarem por várias depressões.

Expressões evidentes de misantropia são comuns na sátira e na comédia, embora a intensão seja geralmente rara. Expressões mais subtis são mais comuns, especialmente para mostrar as faltas/falhas na humanidade e sociedade. A sociedade como um todo na verdade não passa de um circo, onde os media promovem o espectáculo e o público (sociedade) a consome. No contexto da anti-sociedade a sociedade em si, torna-se a atracção: “O mundo é um palco…”

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Vizinhos

Detesto viver em maus ambientes!
Esta manhã acordei super irritada, até chegar ao escritório foram só contratempos...:(
Desde 6a feira que ando a acumular um conflito de interesses. Há duas semanas que tenho uma nova vizinha de quarto e a coisa não me parece estar a ir pelo bom caminho. Estando a morar comigo há tão pouco tempo parece-me completamente desproporcionado pedir-me a TV emprestada para ficar no quarto dela durante todo o fim de semana. Foi logo no início que eu disse que estavam à vontade para irem para o meu quarto ver televisão, sou a única com tv lá em casa, vida itenerante de quem não tem ainda casa própria. Dou-me muito bem com uma delas e respeitamos o espaço de cada uma. Outra chegou, super manienta, e mostra as garras desde que lhe respondi que não me importava que fosse ver tv para o meu quarto mas levar a tv não porque a outra colega poderia querer ver também. Amuou, sou lá mãe para ter que aturar estas merdas!
Ontem, quando cheguei de f-d-s estava fechada no quarto com companhia. Eu arrumei as minhas coisas, limpei o quarto e fiz uma máquina de roupa, como sempre perguntei à minha companheira de há mais tempo se tinha alguma coisa para lavar também, poupança de água. Assim sendo a máquina lavou.

Combinámos ir ver um filme, enquanto assistiamos ao início grita a outra: "A máquina já lavou. Também quero lavar a minha roupa!" Levantámo-nos as duas para a irmos estender. Estava a jantar com uma das amigas que passam a vida lá em casa. Mais parece uma pensão desde que ela se mudou para lá. Até estaria tudo ok, se ela não adoptasse atitudes parvas e infantins. Tivemos também que retirar os guardanapos, o rolo de cozinha e o saco das pipas de cima da mesa da cozinha porque fazem confusão à menina, hello, a cozinha é mínima, é suposto comeres no quarto, é para isso que tens lá uma mesa...
Mas se lhe faz tanta confusão e queria jantar com a amiga podias tirar as coisas e voltares a pôr, não custa nada.

Hoje de manhã, eu que me levanto sempre à mesma hora tive que estar à espera que sua excelência tomasse o seu banho prolooooooooongado para poder ir tomar o meu duche. Aproveitei para apanhar a roupa já seca e acabar de estender a outra.

Lá segui para o banho após lhe dar um bom dia de desprezo. Tomei duche, usei o gel de limpeza facial, depois o creme hidratante, escovar os dentes, elixir, e depois passar a escova no cabelo. Então não é que a idiota bateu à porta para lavar os dentes???!!!
Temos de ter uma conversinha, eu não bato à porta quando tomas banho e eu me atraso, quem te julgas? Foste a última a chegar e ainda por cima atrasas o pagamento e julgas-te na possibilidade de fazer exigências? Tu baixa a crista, baixa a crista ou as coisas começam a correr mal.

E já agora, da próxima vez que comentares que o lixo necessita de ser despejado - vê se tomas a iniciativa e o levas, tá? Não sou eu que nem fiz lixo durante o f-d-s.

E já agora uma última coisinha, a botija de gás está à espera que a troques.

Não bastava o atraso da manhã e também o comboio se atrasou, que infortúnio. Espero que seja o anúncio duma semana em grande.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Estagiária Manienta

Há quem não se toque!
Existem estagiários e estagiários. Estou neste preciso momento a ajudar uma estagiária patricinha a fazer o que LHE mandaram fazer, e faço o dobro ou o triplo do que ela faz no mesmo tempo.
Pediram-lhe para adiantar traduções e como a menina não sabe organizar o tempo passou algumas para mim. Já é mau estar a pedir-me para fazer uma coisa do departamento onde ela está a estagiar que é tarefa dela, quanto mais ainda telefonar a questionar as minhas traduções.
Antes de tu vires para cá já eu levo 1 ano e meio de traduções dessas. Nem o Inglês percebe, está a traduzir sem ler o que está a traduzir, não querida Sell aqui não é venda, é o diminutivo duma jornalista que coloca perguntas às artistas, credo, como puderam contratar uma estagiária assim??? Mal sabe falar Inglês, a não ser sobre o vocabulário de moda, aí sim, é especialista.
Wake up!
Ainda tem a ousadia de dizer que tem de estar a corrigir a minha tradução!!! Amiga, a sério, deixa-te de ai não me toques e dá mas é corda aos dedinhos.
Ele há cada um mais mal agradecido!

Agora vou fazer tempo até lhe passar a última tradução, vim aqui manifestar a minha estupefacção perante a mania e acalmar um pouco a minha fúria.
E as costas que continuam a acumular tensão, a aula de ioga em vez de relaxar deixou-me cheia de stress.
Vou mas é ler um bocadinho para ver se ela se toca.

La cucaracha

Já passava das 22:00h quando cheguei a casa. Ía contente, vinha acabada dum banho com ZenSensations e uma aula de Yoga. Entro em casa e a Silvia ao telefone aflita "Já chegou. A V já chegou."
"Oh V eu estava e pôr água na panela e caiu uma barata gigante e vermelha asquerosa, que nojo!" - Que exagero pensei eu, mas ela estava histérica. A cozinha estava fechada. Abri a porta e aos poucos fomos retirando as coisas da cozinha para encontrarmos a barata. Encontrar, no singular, a Silvia ficou no corredor em cima duma cadeira a olhar para mim, do auge do seu metro e oitenta tem medo de barata, entra mesmo em pânico. Lá descobri a barata ao pé dos esfregões da loiça. Após meio frasco de spray para rastejantes lá parou de mexer as patinhas. A Silvia até tinha razão, era asquerosa...
De luvas, juntei folhas de rolo de cozinha num saco de plástico para apanhar a morta. Mas ainda me fazia confusão.
De uma assentada esborrachei-a com a garrafa de água que estava ao lado, não fosse ela estar só a fingir de inanimada. Saco com ela, mais luvas e papel. Tudo no lixo.
E a cozinha levou uma desinfestação à séria.

Chega a Ema a casa. Também tem pânico de baratas. Cabe-me a mim o papel de exterminadora... Numa casa de Lisboa também o campo vem à cidade. Só queríamos saber donde ela saiu.