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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Direcção de Dindal

Sumarizando a sua abordagem para dirigir, Dindal revela, “Observei por muito tempo como são as pessoas felizes quando têm uma direcção precisa, mas não ao ponto de alguém lhes dizer exactamente o que têm a fazer. Acredito em dar aos animadores e chefes de departamentos clareza mas não fazer deles extensões da minha vontade. Tivemos uma óptima equipa neste filme e o tempo da animação foi sempre divertido para mim porque foi interessante ver o que iam fazer para torná-lo real. Os storyboard guys fizeram um excelente trabalho ao colocarem ideias nos quadros e os animadores usaram-nas em grande medida. Mas enquanto se preenchiam as lacunas entre as poses e ao fazerem a magia deles, existiu uma subtileza de expressão e movimento que acrescentam diversão e realmente valoriza o que estava nos quadros. Por vezes vejo o meu papel como aquele maestro que não sabe necessariamente como tocar cada instrumento da orquestra mas sabe como devem soar. Neste caso, tem-se o conhecimento de que todos os artistas são bons na sua função. Apenas se lhes indica a direcção certa e sai-se do seu caminho.”

domingo, 30 de novembro de 2008

Só oiço: "Oh V, pode chegar aqui por favor!"

Incrível como eu também me farto dos bonecos, logo eu.
Dos bonecos não, das pessoas que neles trabalham. Sei que há mais trabalho, mas também há mais uma pessoa. Se há mais duas mãos porque continua tudo a vir parar a mim na mesma? Quando me fartar de ouvir gritarem por mim, por quem gritarei eu?

Trabalhar para os outros custa, mas custa ainda mais quando fazemos mais do que a nossa missão.

Quero férias e muitooooo descanso, uma praia, uma boa companhia e uns batidos.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Silvia e as novas tecnologias

"Queridos colegas,

Hoje vou estar o dia todo em conf. Call: peço a vossa cooperação no sentido de falarem mais baixinho porque esta coisa da cofidis que eu tenho na cabeca so tem um auscultador e acho que o sr. que esta do outro lado ouve tudo.

Obrigada,
Silvia"

Que querida... ;p

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Acho que sou

Misantropia é a aversão ao ser humano e à natureza humana no geral. Também engloba uma posição de desconfiança e tendência para antipatizar com outras pessoas. Um misantropo é alguém que odeia a humanidade de uma forma generalizada. A palavra vem do grego misanthropía, a junção dos termos μίσος (ódio) e άνθρωπος (homem, ser humano). O termo também é aplicável a todos aqueles que se tornam solitários por causa dos sentimentos acima mencionados (de destacar o elevado grau de desconfiança que detêm pelas outras pessoas em geral).


O misantropo
É uma pessoa que tem aversão ao convívio social, adora viver em isolamento.
Aquele que não mostra preocupação em se dar com as outras pessoas, de ter uma vida social preenchida - tendência a ter uma pouca ou praticamente inexistente vida social.
Estado de reclusão que alguns indivíduos escolhem para viver.

Formas de misantropia mais comuns
Os misantropos expressam uma antipatia geral para com a humanidade e a sociedade, mas geralmente a maioria deles têm relações normais com indivíduos específicos (familiares, amigos, companheiros, por exemplo). A misantropia pode ser motivada por sentimentos de isolamento ou alienação social, ou simplesmente desprezo pelas características prevalecentes da humanidade/sociedade.

A misantropia não implica necessariamente uma atitude bizarra em relação à humanidade. Um misantropo não vive afastado do mundo, das pessoas, apenas é reservado demorando tempo a confiar nelas e por isso, é habitual serem poucos os seus amigos. Olham para todas as pessoas com uma grande dose de desconfiança, é frequente serem feitos "juízos de cálculo" de cada um que se aproxime, embora muitas vezes não o demonstrem. São pessoas que não gostam de grande agitação ao seu redor, pois não se sentem bem diante de muita gente, preferindo ficar em casa a sair para locais de diversão (indisposição para ir a lugares com muita gente, o que invariavelmente faz da pessoa uma caseira convicta). Podem ocorrer frequentes mudanças de humor: ora feliz, ora melancólico, o termómetro do estado de espírito fica louco, oscilando constantemente (poucas são as pessoas que vêem este seu aspecto, normalmente as mais próximas). Normalmente são muito perfeccionistas no que gostam de fazer e no que se comprometem a fazer. É muito frequente destacarem-se nas áreas em que estão inseridos, pois dedicam grande parte do seu tempo ao trabalho. São também na sua maioria possuidores de um quociente de inteligência muito elevado que pode ou não surgir de imediato. A misantropia costuma aparecer desde logo durante a infância em crianças tímidas, introvertidas e caladas que têm dificuldades em fazer amigos, nomeadamente na escola, preferindo muitas vezes ficarem sozinhas. Com o passar dos anos, tendem a ser bastante sarcásticos/irónicos nas observações que fazem (pode-se dizer que em parte a grande timidez é substituída ou disfarçada por estas duas características) - têm uma interpretação muito própria de tudo aquilo que vêem e de tudo aquilo que lhes é dito pelas outras pessoas, sendo bastante observadores e atentos ao que os rodeia embora, muitas vezes, não o pareça.

Uma das explicações mais consistentes para esta aversão social deriva do facto de darem bastante relevância aos aspectos negativos que constatam nas pessoas ou simplesmente terem medo que estas os desiludam, daí as evitarem. Têm uma forte sensibilidade ficando extremamente afectados com tudo o que os rodeia (mesmo que muitas vezes não estejam envolvidos directamente) daí ser muito fácil, ao longo da vida, passarem por várias depressões.

Expressões evidentes de misantropia são comuns na sátira e na comédia, embora a intensão seja geralmente rara. Expressões mais subtis são mais comuns, especialmente para mostrar as faltas/falhas na humanidade e sociedade. A sociedade como um todo na verdade não passa de um circo, onde os media promovem o espectáculo e o público (sociedade) a consome. No contexto da anti-sociedade a sociedade em si, torna-se a atracção: “O mundo é um palco…”

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Vizinhos

Detesto viver em maus ambientes!
Esta manhã acordei super irritada, até chegar ao escritório foram só contratempos...:(
Desde 6a feira que ando a acumular um conflito de interesses. Há duas semanas que tenho uma nova vizinha de quarto e a coisa não me parece estar a ir pelo bom caminho. Estando a morar comigo há tão pouco tempo parece-me completamente desproporcionado pedir-me a TV emprestada para ficar no quarto dela durante todo o fim de semana. Foi logo no início que eu disse que estavam à vontade para irem para o meu quarto ver televisão, sou a única com tv lá em casa, vida itenerante de quem não tem ainda casa própria. Dou-me muito bem com uma delas e respeitamos o espaço de cada uma. Outra chegou, super manienta, e mostra as garras desde que lhe respondi que não me importava que fosse ver tv para o meu quarto mas levar a tv não porque a outra colega poderia querer ver também. Amuou, sou lá mãe para ter que aturar estas merdas!
Ontem, quando cheguei de f-d-s estava fechada no quarto com companhia. Eu arrumei as minhas coisas, limpei o quarto e fiz uma máquina de roupa, como sempre perguntei à minha companheira de há mais tempo se tinha alguma coisa para lavar também, poupança de água. Assim sendo a máquina lavou.

Combinámos ir ver um filme, enquanto assistiamos ao início grita a outra: "A máquina já lavou. Também quero lavar a minha roupa!" Levantámo-nos as duas para a irmos estender. Estava a jantar com uma das amigas que passam a vida lá em casa. Mais parece uma pensão desde que ela se mudou para lá. Até estaria tudo ok, se ela não adoptasse atitudes parvas e infantins. Tivemos também que retirar os guardanapos, o rolo de cozinha e o saco das pipas de cima da mesa da cozinha porque fazem confusão à menina, hello, a cozinha é mínima, é suposto comeres no quarto, é para isso que tens lá uma mesa...
Mas se lhe faz tanta confusão e queria jantar com a amiga podias tirar as coisas e voltares a pôr, não custa nada.

Hoje de manhã, eu que me levanto sempre à mesma hora tive que estar à espera que sua excelência tomasse o seu banho prolooooooooongado para poder ir tomar o meu duche. Aproveitei para apanhar a roupa já seca e acabar de estender a outra.

Lá segui para o banho após lhe dar um bom dia de desprezo. Tomei duche, usei o gel de limpeza facial, depois o creme hidratante, escovar os dentes, elixir, e depois passar a escova no cabelo. Então não é que a idiota bateu à porta para lavar os dentes???!!!
Temos de ter uma conversinha, eu não bato à porta quando tomas banho e eu me atraso, quem te julgas? Foste a última a chegar e ainda por cima atrasas o pagamento e julgas-te na possibilidade de fazer exigências? Tu baixa a crista, baixa a crista ou as coisas começam a correr mal.

E já agora, da próxima vez que comentares que o lixo necessita de ser despejado - vê se tomas a iniciativa e o levas, tá? Não sou eu que nem fiz lixo durante o f-d-s.

E já agora uma última coisinha, a botija de gás está à espera que a troques.

Não bastava o atraso da manhã e também o comboio se atrasou, que infortúnio. Espero que seja o anúncio duma semana em grande.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Estagiária Manienta

Há quem não se toque!
Existem estagiários e estagiários. Estou neste preciso momento a ajudar uma estagiária patricinha a fazer o que LHE mandaram fazer, e faço o dobro ou o triplo do que ela faz no mesmo tempo.
Pediram-lhe para adiantar traduções e como a menina não sabe organizar o tempo passou algumas para mim. Já é mau estar a pedir-me para fazer uma coisa do departamento onde ela está a estagiar que é tarefa dela, quanto mais ainda telefonar a questionar as minhas traduções.
Antes de tu vires para cá já eu levo 1 ano e meio de traduções dessas. Nem o Inglês percebe, está a traduzir sem ler o que está a traduzir, não querida Sell aqui não é venda, é o diminutivo duma jornalista que coloca perguntas às artistas, credo, como puderam contratar uma estagiária assim??? Mal sabe falar Inglês, a não ser sobre o vocabulário de moda, aí sim, é especialista.
Wake up!
Ainda tem a ousadia de dizer que tem de estar a corrigir a minha tradução!!! Amiga, a sério, deixa-te de ai não me toques e dá mas é corda aos dedinhos.
Ele há cada um mais mal agradecido!

Agora vou fazer tempo até lhe passar a última tradução, vim aqui manifestar a minha estupefacção perante a mania e acalmar um pouco a minha fúria.
E as costas que continuam a acumular tensão, a aula de ioga em vez de relaxar deixou-me cheia de stress.
Vou mas é ler um bocadinho para ver se ela se toca.

La cucaracha

Já passava das 22:00h quando cheguei a casa. Ía contente, vinha acabada dum banho com ZenSensations e uma aula de Yoga. Entro em casa e a Silvia ao telefone aflita "Já chegou. A V já chegou."
"Oh V eu estava e pôr água na panela e caiu uma barata gigante e vermelha asquerosa, que nojo!" - Que exagero pensei eu, mas ela estava histérica. A cozinha estava fechada. Abri a porta e aos poucos fomos retirando as coisas da cozinha para encontrarmos a barata. Encontrar, no singular, a Silvia ficou no corredor em cima duma cadeira a olhar para mim, do auge do seu metro e oitenta tem medo de barata, entra mesmo em pânico. Lá descobri a barata ao pé dos esfregões da loiça. Após meio frasco de spray para rastejantes lá parou de mexer as patinhas. A Silvia até tinha razão, era asquerosa...
De luvas, juntei folhas de rolo de cozinha num saco de plástico para apanhar a morta. Mas ainda me fazia confusão.
De uma assentada esborrachei-a com a garrafa de água que estava ao lado, não fosse ela estar só a fingir de inanimada. Saco com ela, mais luvas e papel. Tudo no lixo.
E a cozinha levou uma desinfestação à séria.

Chega a Ema a casa. Também tem pânico de baratas. Cabe-me a mim o papel de exterminadora... Numa casa de Lisboa também o campo vem à cidade. Só queríamos saber donde ela saiu.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Edição

Vou partilhar uma situação convosco.
Existem poucas coisas onde não me importo de gastar dinheiro, livros, música, malas, sapatos, pipas e por aí. Os livros estão no topo, consumo muito. Vejo-os como transportadores de conhecimento capazes de nos fazer sentir algo que está em palavras, para mim chegam a ser relíquias! Desta forma sou muito exigente com os livros que compro,desagrada-me profundamente quando destaco erros neles, e foi o que me aconteceu no que ando a ler agora. Há duas semanas fui à FNAC e comprei alguns livros, um deles comecei a ler há uns dias e chegando às páginas 31-32 reparei que faltava texto. O livro tem-se mostrado com a leitura, é dos que dão prazer ler, estava entusiasmada e chegando à 31-32 faltava texto. Fiquei ansiosa nos dias seguintes, não tinha a factura para ir trocá-lo e não consegui continuar a ler sabendo que havia algo que faltava ali, pura e simplesmente não consegui. Ontem, ao efectuar a troca descobriu-se que toda aquela edição estava mal impressa, ainda fiquei mais ansiosa, mas lá me descobriram o último exemplar da edição anterior que estava ok.
Antes dum livro ir para o mercado deviam fazer bem o trabalho de revisão, inclusive após uma nova edição, não suporto encontrar livros literários com erros linguísticos ou de revisão, são "peças" com demasiado valor cultural para serem negligenciadas.

Televisão

Caros,

Desde há uns tempos para cá que se observa uma queda na qualidade na programação televisiva da difusão pública. Pretende-se que a TV seja um veículo de comunicação e educação para o grande público, mas a falta de conteúdos na programação é escandalosa. Tenho que dar os parabéns a alguns canais da cabo, e à RTP 2 pelas excelentes séries que transmitem a horas decentes. A RTP, SIC e TVI privilegiam os seus espectadores mas mais ao fim de semana à tarde.
Agora um canal específico merece o meu comentário - a SIC - tem vindo a piorar os programas que emite desde há alguns meses, talvez com a contratação do novo Director de Programação. Tem apostado em formatos de fraca qualidade e parece ter como objectivo único aumentar as audiência sem se preocupar com as necessidades dos que a ela assistem. Na minha qualidade de espectadora sinto-me um pouco defraudada. Por um lado aposta em decalques doutras estações, por outro os nossos programas de entretenimento que emite são... nem sem bem como defini-los. O Momento da verdade é um programa do meu ponto de vista mais complexo do que aparenta: se no início parecia uma confissão de maus vícios e pensamentos que não devem ser ditos em televisão (para própria segurança da identidade do concorrente), após visionar algumas vezes nota-se que é muito mais do que isso. A parte pós avaliação das resposta mereceu o meu interesse na medida de avaliação do carácter daquele concorrente, os avaliadores é que podiam ser outros, em vez de figuras públicas propunha psicólogos e outros trabalhadores da mente humana. Acho graça à Vip Manicure, tem um bom elenco e a parte dos sinónimos é sempre peculiar, dá uns bons exercícios linguísticos. A novela da tarde, a Rebelde Way também é satisfatória, é pena é o seu horário, a Roda da Sorte não faz sentido nenhum, o que fez sucesso há 20 anos não é sinónimo de sucesso agora, o público torna-se mais exigente e quer formatos originais mas com QUALIDADE, é o que falta muito na tv em Portugal. Até os pivots de notícias deixam a desejar, não são idóneos, têm que se abster de dar as suas opiniões, têm que ser isentos no momento de noticiar. Após a passagem de informação podem então fazer passar a sua opinião, mas numa espécie de espaço para comentários, nunca enquanto a mensagem é passada, temos que aprender a pensar enquanto assistimos ao jornal e a tirar as nossas próprias conclusões, nesse aspecto a RTP está muito bem. Agora dão-nos a informação já mastigada e digerida como esperam que nos envolvamos na actualidade do país? Assim não dá gosto receber informação, basta darem-nos o entretenimento, que é quase o que já fazem!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Sinónimos!

Alevantar
O acto de levantar com convicção, com o ar de 'a mim ninguém me come por parvo!... alevantei-me e fui-me embora!'.

Amandar
O acto de atirar com força: 'O guarda-redes amandou a bola para bem longe'

Aspergic
Medicamento português que mistura Aspegic com Aspirina.

Assentar
O acto de sentar, só que com muita força, como fosse um tijolo a cair no cimento.

Capom
Porta de motor de carros que quando se fecha faz POM!

Destrocar
Trocar várias vezes a mesma nota até ficarmos com a mesma.

Disvorciada
Mulher que se diz por aí que se vai divorciar.

É assim...
Talvez a maior evolução da língua portuguesa. Termo que não quer dizer nada e não serve para nada. Deve ser colocado no início de qualquer frase. Muito utilizado por jornalistas e intelectuais.

Entropeçar
Tropeçar duas vezes seguidas.

Êros
Moeda alternativa ao Euro, adoptada por alguns portugueses.

Falastes, dissestes...
Articulação na 4ª pessoa do singular. Ex.: eu falei, tu falaste, ele falou, TU FALASTES..

Fracturação
O resultado da soma do consumo de clientes em qualquer casa comercial. Casa que não fractura... não predura.

Há-des
Verbo 'haver' na 2ª pessoa do singular: 'Eu hei-de cá vir um dia; tu há-des cá vir um dia...'

Inclusiver
Forma de expressar que percebemos de um assunto. E digo mais: eu inclusiver acho esta palavra muita gira. Também existe a variante 'Inclusivel'.


A forma mais prática de articular a palavra MEU e dar um ar afro à língua portuguesa, como 'bué' ou 'maning'. Ex.: Atão mô, tudo bem?

Númaro
Também com a vertente 'númbaro'. Já está na Assembleia da República uma proposta de lei para se deixar de utilizar a palavra NÚMERO, a qual está em claro desuso. Por mim, acho um bom númaro!

Parteleira
Local ideal para guardar os livros de Protuguês do tempo da escola.

Perssunal
O contrário de amador. Muito utilizado por jogadores de futebol. Ex.: 'Sou perssunal de futebol'. Dica: deve ser articulada de forma rápida.

Pitaxio
Aperitivo da classe do 'mindoím'.

Prontus
Usar o mais possível. É só dar vontade e podemos sempre soltar um 'prontus'! Fica sempre bem.

Quaise
Também é uma palavra muito apreciada pelos nossos pseudo-intelectuais... Ainda não percebi muito bem o quer dizer, mas o problema deve ser meu.

Stander
Local de venda. A forma mais famosa é, sem dúvida, o 'stander' de automóveis. O 'stander' é um dos grandes clássicos do 'português da cromagem'...

Tipo
Juntamente com o 'É assim', faz parte das grandes evoluções da língua portuguesa. Também sem querer dizer nada, e não servindo para nada, pode ser usado quando se quiser, porque nunca está errado, nem certo. É assim... tipo, tás a ver?

Treuze
Palavras para quê? Todos nós conhecemos o númaro treuze.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Um Único Sentimento Tem Múltiplas Causas

É necessário assinalar que um sentimento que ocorre na nossa alma, geralmente não tem uma causa única. É, se me é possível servir desse termo, uma certa dose que produz a sua força e variedade. O espírito consiste em saber impressionar vários orgãos simultaneamente; e se examinarmos os diferentes escritores, veremos talvez que os melhores e os que mais agradaram, são aqueles que estimularam na alma mais sensações ao mesmo tempo.

Baron de Montesquieu, in "Ensaio Sobre o Gosto"

Ser Ou Não Ser

Hamlet: Ser ou não ser, essa é a questão: será mais nobre suportar na mente as flechadas da trágica fortuna, ou tomar armas contra um mar de obstáculos e, enfrentando-os, vencer? Morrer — dormir, nada mais; e dizer que pelo sono se findam as dores, como os mil abalos inerentes à carne — é a conclusão que devemos buscar. Morrer — dormir; dormir, talvez sonhar — eis o problema: pois os sonhos que vierem nesse sono de morte, uma vez livres deste invólucro mortal, fazem cismar. Esse é o motivo que prolonga a desdita desta vida.

William Shakespeare, in "Hamlet"


Se ao menos pudesse controlar os sonhos...

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Horários

Começo por dizer que detesto atrasos.
Faço questão de chegar todos os dias ao escritório um pouco antes da minha hora e nunca saio a horas, surgem sempre coisas mesmo à última, coisas essas que na sua maioria não fazem parte das minhas funções. Não me importo de ajudar e de ficar após a minha hora; só peço que não aproveitem a minha hora de saída para me passarem trabalho porque têm um horário mais flexível. Mas a culpa é minha, habituei-vos mal e agora é sempre Oh V oh V!.
Já está na altura de aprenderem que também tenho os meus assuntos pessoais fora do horário de trabalho.
Vão ter que aprender que não sou secretária pessoal e exclusiva de todos, ou então comecem a pagar horas extraordinárias. Quer dizer, todos saem mais cedo se tiverem assuntos pessoais a tratar, ou chegam mais tarde; eu que sigo o meu horário e tiro dias para tratar de assuntos pessoais sou penalizada, não, já chega. Se puder muito bem, se não puder fica para o dia seguinte - já chega de me sacrificar por algo que não é respeitado.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Surf Sounds

Pois é, apesar de me ter queixado dos cheiros característicos dum festival de Verão a verdade é que gostaria de ter ido ao Optimus Alive 2008.
Passei a minha tarde de sábado ligada na Sic Radical a ver as reportagens do antes e durante os concertos.
Quando os primeiros músicos subiram ao palco principal fiquei musicalmente surpreendida. Tenho vindo a queixar-me de que já não conheço as últimas tendências musicais, já nem os nomes me dizem algo. Quando antigamente sabia sempre, ou pelo menos muita coisa do panorama musical internacional e português, agora vejo-me confinada às rádios mais comerciais.
E se vieram boas bandas ao Optimus...
Caso tivesse ido escolheria apenas o 2º e 3º dias para ir ver concertos, de todos os que vieram cá, tirando os cabeças de cartazes conhecia apenas uma banda, John Butler Trio e não é bem a minha onda, mas depois de ver o baterista acho que merecem que ouça uma segunda vez...
Contudo, no 3º dia, pela TV tive uma agradável surpresa com Braddigan, Xavier Rudd e Donavon Frankenreiter. Achei curioso o stand up do Xavier (nos tempos que correm em Portugal vê-se muito poucos a aderirem a estas causas)e a escolha de instrumentos. Quem me conhece sabe da minha paixão por música instrumental e de percussão, logo Rudd deixou-me bastante impressionada, aliando isso a energias terrestres, diria até tribais, e a uma cultura de vida típica de surfista só posso dizer, Rudd cá te espero para umas longas conversas meditativas!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Too Much Funny Smells

Que belo início de manhã hoje!
Ontem ocorreu a primeira noite do Alive, infelizmente não deu para ouvir lá em casa - a não ser uns grunhidos ocasionais, mas hoje de manhã apanhei com as recordações todas duma noite típica dum festival. A caminho do trabalho passei por várias tendas montadas nos jardins, garrafas e copos de cerveja meio bebidos pelo chão e um intenso cheiro a urina. Já acordei mal disposta e apanhar com o cheiro da cerveja e da urina o caminho todo não veio a ajudar em nada a minha disposição para enfrentar o dia de hoje.
Como se isso não bastasse ainda apanhei um homem com cheiro a tabaco duma forma tão intensa como se tivesse adormecido numa cama de beatas.
Uff, o meu nariz deve ser demasiado sensível, três cheiros distintos a acompanharem-me a caminho do trabalho, e tudo isto numa hora...

segunda-feira, 30 de junho de 2008

The Story - Vou aprender a gostar de Super Bock!



All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am

But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you

I climbed across the mountain tops
Swam all across the ocean blue
I crossed all the lines and I broke all the rules
But baby I broke them all for you
Because even when I was flat broke
You made me feel like a million bucks
You do
I was made for you

You see the smile that's on my mouth
It's hiding the words that don't come out
And all of my friends who think that I'm blessed
They don't know my head is a mess
No, they don't know who I really am
And they don't know what
I've been through like you do
And I was made for you...

All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Espera

Que ansia a minha de descobrir o amanhã!
Aprende a controlar, a aguardar. O universo sabe o que faz - mas e nos dias em que acredito menos?
Se ao menos soubesse...
Se ao menos pudesse apagar...
Se...

Oh vida, oh monstro de pensamentos que insistes em me aparecer sob a forma de sonhos e me importunas...

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Escritores Orientais

Pois é:

Tempo esquisito este em que tão depressa o sol brilha como se deita a chover...
Agora ando numa fase introspectiva, até me sinto bem, mas apetece-me estar comigo e com os meus livros, esses meus eternos companheiros da vida... Estou a conhecer autores orientais, sem que a escrita seja "zen" ou de auto-disciplina, chega a ser bastante americanada, mas são autores tão bons. Só anseio pelo próximo fim-de-semana para ir tomar sol para a espreguiçadeira agarrada a Norwegian Wood. Será que Watanabe e a caloira se vão enroscar? Só pode! Hihi...

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Para mais tarde recordar

Que dias altamente!
Nico obrigada!

Ai ai, (suspiros)...
Boa comidinha, álcool, passeios, risos, sol, vento, fotos. Melhor, só mesmo se estivesse calor para irmos a banhos, ah, e se o Ric também pudesse ter estado cá.
Que fim de semana excelente.
E rifas? Gostaste mesmo.
Para a próxima vou eu ter contigo, Tomo uns comprimidos e peço para me acordarem quando chegar, boa?!

Muito muito obrigada.
Pena já ter acabado.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Voluntears Day

Pois é, desta vez quero partilhar uma coisa bonita e bem feita.
Ontem tive um dia de trabalho diferente! Todo o escritório foi para Leiria porque organizámos uma Acção de Voluntariado para crianças de algumas associações. Tenho que confessar que foi uma trabalheira organizar tudo para que o evento decorresse sem incidentes, mas o feedback por parte das crianças, educadores e dos próprios colegas veio revelar que era impossível que este voluntariado corresse melhor do que correu.
Foram vários dias e muitas horas agarrada ao telefone para que tivesse tudo ok para que, a partir das 10:15 o espectáculo da magia da Disney pudesse começar. Até eu estava "Enchanted" com o Tarzan e o reconhecimento do filme por parte das crianças. E a minha escola tinha meninos que insistiam em ir contando as próximas cenas do filme...
"Olha Mulher-Elástica, ainda falta muito?" perguntavam-me impacientes sentados a mastigar o pão. "Está quase! É só esperar que todos os meninos se sentem quietinhos e sossegados para as surpresas começarem..." Isto acalmava-os durante uns 8 segundos, e logo desatavam a fazer mais perguntas.
"Tenho medo do escuro" diziam-me alguns. "Aqui não é preciso ter medo, aqui o escuro é uma coisa boa pois quando escurece é sinal que muitas surpresas estão para vir..."respondia eu.
Surpresa das surpresas, tenho o castelo por fundo eis que surge o Mickey no palco. Foi o delírio!!! Lá se seguiram as fotos com a personagem, a entrega dos gifts e as brincadeiras com o Pintarolas, o Tigre e o Winnie.

E pronto. Conseguimos acabar quase uma hora antes do tempo previsto. Boa!

Pausa para enganar o estômago.

Quase 15:00 e chegámos ao Hospital de Santo André. Aproveitando a presença da personagem, uma visita às crianças internadas com direito a foto e peluche. Não fora a má vontade duma médica na proximidade do Mickey e tudo tinha sido perfeito... Enfim, quando não há boa vontade...

No entretanto uns descansavam, outros praticavam Sudoku, outros dormiam e outros faziam a magia da Disney acontecer. Muito obrigada pelo convite e pelo cansativo mas fantástico dia a ajudar!

Ah, e tive direito a fotos com o Mickey, eu e a minha fantasia e o Mickey e a sua magia - o que o imaginário infantil trazido e realizado na idade adulta pode fazer. Obrigada às boleias, aos convívios, às refeições, à estadia, às crianças, à magia e à super simpatia das espanholas voluntears, ah, já me esquecia, também um obrigada às 3 horas e meia de sono, suas malucas...
Ao que estou entregue...

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Waiting for the light...

Caros,

Não tenho publicado nada por falta de paciência, as ideias sobrepoem-se, os sentimentos também e assim fica complicado.
Cheguei a um patamar em que preciso de me acalmar para pensar nas orientações que devo tomar mas não consigo atingir o estado de espirito adequado para essa meditação.
Espírito inquieto o meu, mais parece que o Variações está dentro da minha cabeça - Estou Bem Aonde Não Estou Porque Eu Só Quero Ir Aonde Não Vou...
Percorro agora sozinha um caminho de decisão. Poucas são as coisas que me dão prazer agora, vale-me o Geraldino, a poesia e a música. Ilustre visita minha pelo estado de criação artística decadente... Que ao menos da decadência do corpo possa surgir a iluminação do espírito...

Hurt



I hurt myself today
To see if I still feel
I focus on the pain
The only thing that's real
The needle tears a hole
The old familiar sting
Try to kill it all away
But I remember everything

[Chorus:]
What have I become
My sweetest friend
Everyone I know goes away
In the end
And you could have it all
My empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt

I wear this crown of thorns
Upon my liar's chair
Full of broken thoughts
I cannot repair
Beneath the stains of time
The feelings disappear
You are someone else
I am still right here

[Chorus:]
What have I become
My sweetest friend
Everyone I know goes away
In the end
And you could have it all
My empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt

If I could start again
A million miles away
I would keep myself
I would find a way

quinta-feira, 27 de março de 2008

I Grieve - Peter Gabriel




It was only one hour ago
It was all so different then
Theres nothing yet has really sunk in
Looks like it always did
This flesh and bone
Its just the way that you would tied in
Now theres no-one home

I grieve for you
You leave me
so hard to move on
Still loving whats gone
They say life carries on
Carries on and on and on and on

The news that truly shocks is the empty empty page
While the final rattle rocks its empty empty cage
And I cant handle this

I grieve for you
You leave me
Let it out and move on
Missing whats gone
They say life carries on
They say life carries on and on and on

Life carries on
In the people I meet
In everyone thats out on the street
In all the dogs and cats
In the flies and rats
In the rot and the rust
In the ashes and the dust
Life carries on and on and on and on
Life carries on and on and on

Its just the car that we ride in
A home we reside in
The face that we hide in
The way we are tied in
And life carries on and on and on and on
Life carries on and on and on

Did I dream this belief?
Or did I believe this dream?
Now I can find relief
I grieve

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Útil, mas apreciada!

Caríssimos:

Tenho recebido algum feedback por parte de quem gostaria de estar bem relacionado com a banca - e partilha de experiências laborais - pelo que, após vários comentários decidi partilhar a minha experiência no mundo do trabalho.
Faz precisamente hoje nove meses que me encontro a trabalhar para uma multinacional. A oportunidade não me foi dada devido ao curso que tirei, não tem nada a ver. Também não se deveu a uma qualquer cunha, foi simplesmente sorte, persistência minha em procura de ofertas de emprego pela net, espera, desespero e quase desistência.
Após sete meses sem qualquer "luz" que me fizesse sentir com alguma utilidade lá me contactaram duma empresa de outsourcing para ir a uma entrevista. Quando me apresentaram mais informação sobre a função, local e condições quase desisti - é verdade, por ignorância do sítio onde a empresa está quase disse que não estava interessada, bendita a hora em que me convenceram a ir pelo menos à entrevista para conhecer o ambiente. Ok (confesso), quando revelaram o salário decidi logo ir ver do que se tratava, sempre era uma oportunidade de explorar o desconhecido.

Acabei por ficar eu com a vaga, e nem me esforcei muito na entrevista, mostrei-me como sou, pesquisei um pouco, fui apresentável e simpática mas também conhecedora do que queria e a coisa deu-se. Foi mesmo um golpe de sorte, e acreditem, estava mesmo a desesperar.
Ao fim de nove meses permaneço, arranjei amigos e já adquiri muitos conhecimentos de como as coisas funcionam nos negócios.

Faço-me quase indispensável, não recuso pedidos de ajuda por parte de colegas (muitas vezes são tarefas que não são tão apetecíveis para quem as deveria realizar, e mesmo quando estou cansada de atender a todos os pedidos lembro-me sempre dos sete meses vazios que passei). Estou muito agradecida pela oportunidade, até agora as pessoas apreciam o meu trabalho, será para continuar enquanto puder mas não para sempre, ambiciono mais e melhores oportunidades, aqui não há um futuro, há um continuar de algo que neste momento necessito. É um processo pelo qual tenho de passar forçosamente, mas quero mais.
Engraçado o cansaço que já se vem acumulando pois nestes meses ainda não gozei um único dia de férias, o medo de perder um dia de trabalho é tanto que já me ressinto mesmo. E aqueles sete meses em que se adivinhasse tinha descansado tanto... Só a preocupação de saber para onde me devo voltar leva à desorientação!

Enfim, só queria mesmo partilhar que desesperei mas consegui. Agora é poupar o mais que consiga para precaver alguma surpresa futura menos agradável. Até lá,work work work e algum gozo para ver se me distraio do trabalho dos outros que acumulo sempre para a semana seguinte. ATENÇÃO: Não me queixo, deiam-me trabalho, não me despeçam, mas saibam também reconhecer a minha utilidade, é só isso que pretendo, por agora...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

INTO THE WILD - Aceitas o desafio?

When I walk beside her
I am the better man
When I look to leave her
I always stagger back again

Once I built an Ivory Tower
So I could worshop from above
When I climb down to be set free
She took me in again

CHORUS:
There's a big
A big hard sun
Beating on the big people
In a big hard world

When she comes to greet me
She is mercy at my feet
When I see her pin her charm
She just throws it back at me

Once I dug an early grave
To find a better land
She just smiled and laughed at me
And took her bruise back again

(CHORUS 2x)

When I go across that river
She is comfort by my side
When I try to understand
She just opens up her hands

(CHORUS)

Once I stood to lose her
When I saw what I had done
Bound down and flew away the hours
Of her garden and her sun

So I tried to warn her
I turned to see her weep
Forty days and forty nights
And it's still coming down on me

(CHORUS 8x)