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sábado, 17 de fevereiro de 2007

Mais Uma Vez O Desemprego

Caras pessoas que por qualquer motivo passem por este blog:

Não venho dizer nada de novo, aliás penso que já tudo foi dito mas ainda não feito...
Oiço frequentemente falar em novas políticas de emprego, em subsídios da comunidade europeia para que o desemprego em Portugal atinja valores mais baixos mas contudo, a consequência dessas medidas não melhora em nada o actual panorana, aliás até o agrava.
Falo por mim que me encontro à procura de emprego já lá vai um ano... Se bem que por 4 vezes já estive ao serviço de alguém os resultados não são satisfatórios, nada mesmo!
O actual primeiro-ministro, José Sócrates (permitam-me não utilizar o pseudo cognome já demasiado aplicado - engenheiro, mas partilho da opinião que tal título não lhe dá credibilidade de liderança do país) frequentemente anuncia a necessidade do domínio da matemática e das ciências exactas - não por palavras tão pomposas - na realidade do país, mas atentemos na experiência dada pela História em sentido universal, aquela categoria que dá ao presente a possibilidade de não errar reavivando o passado: que eu me lembre, dei na escola o período auge desta nossa "... ocidental praia lusitana..." que se revelou nos séculos XV e XVI aquando o período das Descobertas. Ora nessa altura o Humanismo era prática recorrente. Penso não estar a utilizar palavras demasiado complicadas para que uma pessoa das matemáticas não compreenda o que escrevo mas por via das dúvidas aqui fica a explicação: Humanismo (s. masc.) - Doutrina moral que reconhece o homem como valor supremo. Movimento que está na base do Renascimento e que se caracteriza pela redescoberta e revalorização do património cultural da antiguidade greco-latina e também pela preocupação de solucionar os grandes problemas do homem a partir da reinterpretação da civilização.
Se já no início da Idade Moderna (atente-se que começou quando as descobertas) se cultivavam as várias ciências exactas, humanas, e sociais porque agora se põe em detrimento um projecto educativo que esteve no auge da Cultura Portuguesa? Lá porque os outros dizem que não sabemos Matemática não vamos apostar apenas nessa disciplina para nos culturalizarmos; caso a palavra não exista não faz mal porque segundo os meus antigos professores universitários quem cria a língua são os falantes.
Caro ministro dos ministros, ainda esta semana, numa entrevista sua, salvo erro à sic, o ouvi fazer o plural do woman com womans. Compreendo o lapsus linguae mas se a aposta educativa passasse também pelas letras e literaturas tal erro ortográfico seria menos fácil de ter ocorrido. Não pretendo aqui criticar o seu conhecimento da língua denominada universal, mas quer dizer, a um membro do governo, àquele que governa o país, julgo este tipo de erros crassos ser nada abonatório do que aí vem para o país...
Mas já fugi demasiado ao tema proposto deste artigo, o que pretendo mesmo é mostrar a minha insatisfação com as políticas aplicadas já que nem o desemprego diminui nem os que já estão empregados sofrem regalias por todos os anos de estudo. Reporto-me apenas ao caso de profissionais com níveis de instrução mais alta pois vejo que mais facilmente uma pessoa com nível mais baixo de literacia arranja emprego, quando sempre ouvi qualquer governo dizer que Portugal não caminha a passos com a Europa porque os nossos trabalhadores não são qualificados. Claro que não, então se se continua a empregar pessoas com menos habilitações para a mão de obra se revelar mais barata, como querem que o país se dinamize e modernize?
Caros governantes, algo de muito grave está a acontecer com este país, e o futuro não é nada promissor. Desengane-se quem acha que a vida lhe pode correr bem por causa de cunhas. Mais uma vez reforço, os antigos imperadores (ainda que poucos alguns) tratavam bem os seus servos, ter escravos bem tratados e "felizes" era sinal de ostentação e riqueza nalgumas culturas.
Alguns ainda se podem sair bem com a história do factor c mas nunca é de mais relembrar que uma sociedade vive das relações entre várias pessoas e sectores, e quando um começa a falhar verifica-se um efeito dominó...vai tudo a trás!
Ora em Portugal não é apenas um sector que está mal, são muitos...
Caros governantes, esqueçam-se por momentos da Europa e centrem-se apenas no extremo da Península Ibérica, lembrem-se que a partir de 2012 ou 13 os subsídios da Europa acabam. Vejam se até lá conseguem mudar o rumo deste país à espera!

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