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quarta-feira, 9 de maio de 2007

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Atribuindo parte das culpas ao sensacionismo jornalístico decorre mais um caso de apanhar "gambuzinos", desta vez em Lagos, Portugal.
Sim senhora, uma criança de quase 4 anos desapareceu mas nem o país pode parar por causa disso nem a população deve perder tempo da sua vida a discutir inúmeras possibilidades sobre o que se terá passado. A criança britânica de férias com os pais e mais dois irmãos evaporou-se, suspeita-se de rapto. Meus senhores e minhas senhoras (é o que o Primeiro Ministro costuma dizer nos debates da AR) a criança não era portuguesa, os pais abandonaram-na bem como aos outros irmãos para irem jantar fora, a polícia nacional destacou centenas de homens e outros recursos numa autêntica busca de caça a um homem que não se sabe quem é. Ora analisando os factos sem qualquer proximidade a Madeleine - a existência de um nome leva a que nos sintamos próximos da pequena como se a conhecessemos - ela já desapareceu há 6 dias, não houve qualquer resgate ou contacto por parte do alegado raptor, concerteza a pequena já está morta, já está fora do país (em Portugal não se fecham as fronteiras), já foi vendida a um qualquer turco (comentário sem qualquer espécie de racismo), já foi aberta e dissecada para tráfico de órgãos no mercado negro, qualquer coisa, mas o que é facto é que não vai voltar a aparecer.
Os pais coitados sofreram uma grande perda, insubstituível ou talvez não, mas o mundo não pára por causa disso, rezem à vontade, mas não deviam ter abandonado os filhos para ir jantar ainda que por pouco tempo. Ser pai ou mãe é uma profissão a tempo inteiro (fala alguém sem filhos), agora concentrem-se nos outros que ainda têm.
De repente esta notícia virou manchete nacional, a polícia, em particular a PJ está destacada em peso para esta busca, e os inúmeros casos que temos pendentes para investigar? Já nem digo, como tem sido anunciado, que as forças de segurança dedicam mais tempo a este caso que a alguns passados, mas o que é facto é que nunca se observou tal mobilização de gente e de recursos humanos para qualquer cidadão português, se fosse cidadão europeu até achava bem, mas a Inglaterra nem sequer aderiu ao euro. É preciso ver bem as coisas!
Mas fora de sarcasmos, foi uma fatalidade ou tragédia, não, foi um acto de má fé feito por um alguém que não se conhece identidade ou motivo mas aconteceu, não vai é o país parar por causa disto, os jornais dedicam quase a totalidade do tempo de antena a este caso e esquecem o que se passa de resto.
Falo por mim mas não gosto de ser manipulada e levada a sentir pena de alguém que nunca vi ou conheci.
Haja coerência! Isto serve para quê, para vermos que a justiça ainda se faz em Portugal?

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