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quinta-feira, 5 de abril de 2007

Capitalismo Já Na Antiguidade, A Herança Romana

Ora bem:
Capitalismo e América realmente combinam; o que não se fala é que já no tempo de Cristo se praticavam as cobranças de impostos, até pelos discípulos sagrados.
Como já referi no blog, uma das minhas ocupações é coleccionar documentários históricos que, ainda que estejam ao alcance de todos, passam completamente despercebidos à maioria das pessoas. Desta vez a minha última colecção foram os Grandes Enigmas da História em DVD, muitos dos quais se reportam à vida social do início da cristandade e aos mistérios antigos. Num deles aparece uma referência ao discípulo Mateus, que antes de ser seguidor da palavra de Jesus era cobrador de impostos. Aliás, a troca comercial por volta do ano 30 d.C. foi polemicamente criticada pela própria figura de Jesus quando, uma vez de visita ao Templo, derrubou várias mesas de câmbio afirmando que este era um local sagrado, logo não próprio para trocas monetárias e comerciais, em especial nos dias de festa como era a Páscoa.
Bem, actualmente nas igrejas ainda se pratica o ofertório, será que os actuais cristãos católicos apostólicos romanos seguem um fundamento oposto ao de Jesus? Fica a dúvida lançada.
O que pretendo expôr com este pequeno fait-divers é denunciar que o capitalismo, sob o meu ponto de vista, não pode ser considerado oriundo dos habitantes do Novo Mundo, ele já existia afincadamente no início da Era Cristâ e até mais atrás, o próprio discípulo Mateus fazia dele prática corrente.
Aliás, julgo até poder afirmar que a nação romana, fundadora da República - que para quem não sabe quer dizer coisa pública logo incapaz de ser tornada privada (este à parte para os governantes) - foi supremamente decalcada nas gerações futuras e as suas práticas sobrevivem nos nossos dias, senão veja-se, portugal teoricamente trata-se duma república democrática, a cobrança de impostos é quase a principal função do actual governo com vista ao decréscimo do défice, a segurança nacional e o engenho na arte das guerras devem muito aos romanos e até a própria alimentação ainda conserva algumas das especificidades antigas. O mais crasso de todos os paralelismos é a figura do homem, pater familias, como senhor supremo - não, o maxismo não é para aqui chamado, trata-se duma evidência cultural e social que impossibilita a ocupação feminina em lugares de destaque, o que, políticas à parte, nem sempre é mau.

2 comentários:

Unknown disse...

Vera, antes de falares sobre determinado assunto tens de te documentar primeiro. As esmolas é uma delas... E já acontecia na Igreja primitiva, por muitas razões...

cores-a-preto-e-branco disse...

Nino, não me refiro às esmolas, e documentei-me. Refiro-me às mesas de câmbio instaladas no Templo, e o episódio que relatei aparece num dos documentários das minhas colecções...Agrada-me ver que segues de perto as minhas tentativas de escrita! Beijinhos